
Coincidentemente, em ambos os casos os criminosos são pai e filho. Outra coincidência, e que talvez explique a lentidão para puni-los, é que se trata de gente poderosa. No crime que vitimou o casal, foram mandantes o filho e o pai, Dalmar Ferraz de Melo, que morreu ano passado, de causa natural. Já Ricardo e Diego se juntaram para assassinar covardemente o bailarino.
Foram 8 anos e 18 horas de julgamento para que fosse feita justiça. Passava um pouco das 2 horas da madrugada do histórico dia 25 de março quando o juiz Maurício Leitão Linhares leu a sentença, condenando Dalmar Júnior a 24 anos de prisão. Graças às brechas da lei, ele não vai direto para a cadeia. Seus advogados recorreram ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e, por enquanto, ele ficará em liberdade. Entretanto, o promotor Henri Vasconcelos, brilhante na acusação, acredita que o recurso será indeferido e o mandante do crime começará a cumprir a pena no ano que vem. “Foi feita justiça ao réu, à memória das vitimas e à sociedade montes-clarense”, considerou.
Lágrimas e alívio foi o resultado de um dia inteiro de ansiedade e aflição para os familiares de Rosalvo e Daniela. “A justiça divina é certa, mas agora tivemos também a justiça dos homens. Nosso coração está aliviado. Resta a saudade de Rosalvo e Daniela, que vamos amar para sempre”, desabafou, sem conter o choro, a jornalista Marlene Bastos, irmã de Rosalvo.
Vingança
