segunda-feira, 10 de maio de 2010

Opinião

EDITORIAL
A população agoniza nas filas dos postos de saúde e dos hospitais, abarrotados e sem atendimento; na sujeira e no descontrole da dengue; nos pontos e dentro dos coletivos, superlotados; no abandono da educação e da assistência social; na falta de obras e em tantas outras mazelas patrocinadas por um governo marcado pelo imobilismo, incompetência e pela vocação para fazer o mal.
A cidade parou. Está abandonada. Como se estivesse numa ilha da fantasia, o atual prefeito decidiu eleger um time de vôlei o garoto-propaganda de uma Montes Claros que não existe. A cada vitória do Montes Claros Funadem na Superliga, milhares de reais eram investidos em publicidade para falsear a realidade. O que se assiste na mídia, tendo como pano de fundo o irregular Montes Claros Funadem, é fruto da imaginação maldosa de um governante conhecido pelas más intenções.
Com esmero, Leite age como os chefes da propaganda nazista, durante a 2ª Guerra Mundial. É aluno dedicado da estratégia de mentir insistente e maciçamente, mil vezes, até que a mentira se torne realidade. Frio e calculista massageia o ego do montes-clarense. Apela para sua autoestima e busca doutrinar a população. Na alemanha nazista, Hitler aproveitava-se de cada batalha vencida para mexer com o autoego dos alemães. Em Montes Claros, são as “enterradas” e os aces de Lorena que dão a senha para que o povo acredite estar vivendo num mar de rosas.
Lá, longe no tempo (1939-1945), soldados no front, para defender a superioridade racial alemã; aqui, o “pequi atômico”, o “time de guerreiros”, que no imaginário popular defende o orgulho montes-clarense. Lá, a cada baixa adversária, ponto para Adolph Hitler. Aqui, a cada bola na quadra adversária, ponto para Leite e seu filho. E é por ele, para eleger o filho e estabelecer uma dinastia em Montes Claros, que o atual prefeito, sem nenhum constrangimento, legal ou moral, já investiu mais de R$ 2,5 milhões no time de vôlei, relegando a plano algum não só o futebol local, mas o bem-estar do povo para quem ele se apresenta como o “prefeito dos pobres”.
Apenas com seu time, ele gasta 90% do orçamento destinado à Secretaria Municipal de Esportes. A “menina dos olhos” do prefeito também já consumiu, ilegalmente, 80% da publicidade institucional, o que representa R$ 2 milhões. Com isso aplica, bem ao seu modo, tática atribuída ao pensador, filósofo e político italiano Nicolau Maquiavel (1469-1527) em seu livro “O Príncipe”, segundo a qual “os fins justificam os meios”. O fim, no caso específico, é eleger o filho, conhecido no diminutivo. Quanto aos meios, não importa, por exemplo, que pessoas morram de dengue hemorrágica e sem atendimento nos hospitais, por causa da greve dos anestesistas (cuja responsabilidade é da Prefeitura), como tem ocorrido nos últimos dias.

Waldo Ferreira - Editor

CARTAS
Denúncia

Dizem por ai que eles estão montando um grande esquema dentro da Prefeitura. É para dar exclusividade para uma empresa de Wilson Cunha, criando uma lei para obrigar todo mundo a pagar à empresa dele para retirar o entulho de obra, pagando R$ 10 por caçamba. Parece que vai ser exclusividade. Depois, a prefeitura iria pagar R$ 25 pelo material de construção reciclado numa empresa que eles vão criar para reciclar o entulho.
A prefeitura utilizaria o material para construir casas. Para isso, eles estão emplacando os carroceiros.
Outro zumzum aqui na prefeitura é que o prefeito estaria preparando uma lei para autorizar a venda de um pedaço do Parque João Guimarães Rosa, para Wilson Cunha adquirir construir um complexo no local. Não sabemos se é verdade, mas tem que ficar atento.
O jornal podia olhar isso ai.

José Luiz Fonseca – Major Prates

NR: DAQUI vai apurar.